Oneironautas

Nelson de Oliveira
3.8
5 ratings 1 reviews
A Festa Eterna rola solta nos metassalões temáticos, reunindo oneironautas de todos os pontos do tempo. É 2066 em São Paulo quando Fábio e Nelson chegam, pegam seus coquetéis e combinam, é claro, de se disfarçar de klingons, bloquear o pensamento telepático e anular suas auras. Não querem ser descobertos pelos quatro patetas, espalhados entre os humanos, aliens e híbridos do lugar. Mas, como qualquer aventura que se preze, é claro que tudo dá errado. É de fato o erro e a extraordinária e recursiva técnica de transformar erros em trunfos engraçadíssimos e perspicazes que roubam a cena nessa primeira incursão ficcional dos oneironautas. Em capítulos cravados de trezentas palavras, escritos em alternância entre Oliveira e Fernandes, a história avança regada de um humor revigorante e de conceitos estapafúrdios em grau exponencial. É como se um incitasse o outro a ir ainda mais longe, cavucando seus repositórios de armadilhas e escapadelas hollywoodianas. Abundam referências cinematográficas, literárias e televisivas, potencializando o sumo nutritivo dos entrecruzamentos ficcionais, acrescidas das constantes homenagens ao movimento artístico que melhor materializa o mundo do sonhar e suas espirais simbólicas: o surrealismo. As armações movediças que sustentam a história são esticadas e esticadas cada vez mais, mas nunca chegam perto de arrebentar. Acompanhar esses viajantes oníricos na travessia de realidades paralelas entre clones, robôs, monjas assassinas e jogadores de peteca cegos se revela um mergulho sólido nesse caos planejado e imprudente.
Genres:
88 Pages

Community Reviews:

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