Criatividade e Dependencia na Civilização Industrial

Desde os seus primeiros livros Celso Furtado revelou-se um notável economista. Com Criatividade e Dependência na civilização Industrial ele supera sua condição de economista político para se tornar também um pensador universal, preocupado não apenas com o desenvolvimento econômico, ou o pleno emprego, ou a repartição da renda, mas também com o próprio destino do homem e com a realização da sua liberdade. Os intelectuais dos países periféricos estão destinados a pensar apenas a sua própria realidade, sempre tendo como referência a experiência dos países centrais. Neste livro Celso Furtado ultrapassa o nível da economia brasileira, ou da economia do subdesenvolvimento, para pensar a economia mundial. Mas não se limita à economia política, porque coloca em discussão os seus próprios pressupostos ao discutir a racionalidade instrumental da revolução burguesa que deu origem à economia política.